Caso queira saber o status atual do Eruv, mande um email para kolelrio@yahoo.com.br
apresentam o Eruv Ipanema: Inicialmente pareceu até ser uma surpresa… alguns dias após o lançamento do Eruv Copacabana chegou o pedido ao Kolel Rio: “Rabino, será que é possível estender o Eruv para Ipanema???”. Não passou muito tempo e começamos o trabalho: levantar qual a área que é possível abranger, o melhor traçado, onde é necessário e viável passar fios, etc.
Veja algumas fotos da preparação do Eruv aqui


B’h conseguimos concluir mais este projeto. O mapa com os limite do Eruv é o mesmo utilizado para o Eruv Copacabana (http://goo.gl/u7Ptvk), que foi atualizado para incluir o Eruv Ipanema.
Legenda: Linha verde: ruas dentro do Eruv, onde é permitido carregar. Linha amarela: divisão entre o Eruv Copacabana e Eruv Ipanema. Apesar do Eruv Ipanema ser independente do Eruv Copacabana, é permitido carregar de um Eruv para o outro. A vantagem de manter os dois Eruvim independentes é que quando um dos Eruvim estiver inativo o outro continua válido/ativo. Por este motivo indicamos em amarelo no mapa a divisa entre eles. Por exemplo, caso o Eruv Copacabana fique inativo, será possível utilizar o Eruv Ipanema até o limite demarcado com a linha amarela no mapa, sendo proibido carregar daquele ponto em diante. Quando os dois Eruvim estão ativos, a linha amarela não tem nenhum significado prático. Linha vermelha: limite do Eruv, deste ponto em diante continua proibido carregar. Nesta nova versão do mapa fizemos uma melhoria: dividimos os limites do Eruv entre “Barreira Natural” (limite formado por prédios, montanhas, muros, etc.) e o limite formado por fios (“tsurat hapetach”). Estes dois tipos de limites estão sinalizados no mapa utilizando tonalidades diferentes de vermelho. Desta forma, sabemos exatamente qual parte do Eruv é delimitada por fios e, assim, quem estiver passando pelo local pode verificar visualmente até onde exatamente vai o Eruv. Ponto de exclamação: observações importantes sobre os limites do Eruv. A descrição de cada linha ou sinal pode ser obtida ao clicar em cada um deles no mapa. Sempre ocorrem imprevistos… desta vez notamos que o mapa que usamos como base para divulgar os limites do Eruv possui alguns detalhes que não correspondem à realidade! As obras do Metrô alteraram a distribuição das ruas que unem Ipanema ao Leblon, porém as fotos de satélite do Google Maps ainda não foram atualizadas (o mapa que mostra apenas o leiaute das ruas está correto). Incluímos comentários ao mapa e acreditamos que o desenho está suficientemente claro para que não surjam dúvidas (porém, se surgirem, por favor entrem em contato!).
Você pode verificar a descrição dos limites do Eruv CLICANDO AQUI.
Abaixo uma descrição dos limites do Eruv. Recomendamos que seja verificado no mapa cada ponto mencionado:
CUIDADO!
Sempre observar onde está o limite do Eruv! Tomar muito cuidado para não transpassá-lo carregando qualquer objeto no Shabat.
Vale ressaltar que só é permitido transportar dentro do Eruv objetos que podem ser movidos no Shabat, como roupas, alimentos, livros, chaves e brinquedos. É proibido transportar, mesmo no Eruv, objetos que são “muktsê” como guarda-chuva, carteira, dinheiro, caneta, celular, etc.
Portanto, a partir desde Shabat – Parashat Kedoshim, dia 26 de Nissan 5774 (26/Abr/14), passa a ser permitido transportar no Shabat em toda a área delimitada no mapa do Eruv (todas as demais áreas da cidade que não possuam Eruv continua proibido transportar no Shabat). A caixa de matsót fica na Sinagoga Moriá (Rua Pompeu Loureiro 48). Todo o Eruv foi feito através de consultas às maiores autoridades no assunto, com hashgachá do Rabino Netanel Tzippel. Tivemos o mérito, baruch Hashem, de convidar no final deste importante trabalho o Gaon haGadol haRav Shmuel Havlin Shlita, líder da organização de Kashrut BDK, que passou por toda a área do Eruv, de seu início ao seu fim, e verificou que todos os detalhes, do menor ao maior, estão de acordo com a lei judaica, observou todos os tsurat hapetach, e deu sua smicha, de acordo com a smicha dos sábios, e confirmou que o Eruv que fizemos é de excelente qualidade, e se pode transportar em toda a área contida nele.
Carta do Gaon Hagadol Harav Shmuel Havlin Shlita
Líder da organização de Kashrut BDK
O Eruv é verificado na sexta-feira no início da tarde.
Assim, todos devem consultar no site do Kolel Rio, na sexta-feira após as 15:00, a condição do Eruv. Caso a indicação esteja verde, o Eruv está ativo; se a indicação estiver vermelha, por algum motivo (que provavelmente está sendo tratado) o Eruv está inativo. Você pode ver a luz indicativa no começo dessa página em cima.
Pedido:
Apesar de termos um supervisor que verificará o Eruv, pedimos a todos que fiquem atentos à condição dos fios que delimitam o Eruv, nos locais onde eles são utilizados. Caso verifique qualquer inconformidade, por favor nos avise o quanto antes pelo e-mail kolelrio@yahoo.com.br. Obrigado!
Algumas definições sobre o conceito de Eruv podem ser obtidas CLICANDO AQUI (extraído do site do BDK).
Definição
No Shabat podemos e devemos fazer uma série de coisas. No entanto, D’us nos proibiu de fazer algumas tarefas ao longo do Shabat. Uma destas é a proibição de retirar um objeto de um “reshut hayachid” (‘propriedade privada’) a um “reshut harabim” (‘propriedade pública’) e vice-versa. Da mesma forma, é proibido transportar um objeto em um “reshut harabim“.
“Reshut harabim“
“Reshut harabim” tem uma definição muito especifica pela Torá. Traduzir como ‘propriedade pública’ é uma forma muito generalizada. Para ser considerado um “reshut harabim” – a via precisa ter pelo menos 16 amot de largura (aprox. 8m) e atravessar a cidade de ponta a ponta. Alguns sustentam que precisam também passar todos os dias 600.000 pessoas pela via.
Um via pública, ou qualquer lugar aberto público que não preenche os requisitos acima, é considerado “carmelit“. “Carmelit” é um espaço aberto (não cercado) onde não passa um público suficiente para considerá-lo “reshut harabim“. (A definição precisa de “carmelit” é muito complexa e extensa). Há algumas diferenças técnicas (veremos uma delas mais adiante), mas da mesma forma que é proibido transportar no “reshut harabim“, não se pode transportar no “carmelit“.
E as nossas ruas hoje em dia?
Uma vez que as ruas de cidades grandes como a nossa, não preenchem todos os requisitos para serem consideradas “reshut harabim” – ou seja, as ruas não atravessam a cidade de ponta a ponta – não são consideradas “reshutharabim“.
Conforme algumas opiniões, as ruas das cidades hoje são consideradas “reshut harabim“. Por isso, há pessoas que são rigorosas em não transportar mesmo quando há Eruv. As pessoas que seguem esta opinião, não transportam nem em Yerushalayim, nem em Benê Berak, nem em Nova Iorque. Contudo, quem segue a opinião citada anteriormente, transporta no Eruv destas cidades, assim como no Eruv de Copacabana.
No que isto implica?
Uma cidade que tem “reshut harabim“, não se pode transportar em vias públicas e não há nenhuma forma de permitir o transporte nas vias ao longo do Shabat.
No entanto, uma cidade cujas vias são consideradas “carmelit“, estabelecendo-se um Eruv na cidade, permite que se transporte nestas vias.
Muitas pessoas conhecem o conceito de Eruv, pois possuem Eruv em seus prédios.
O que é o Eruv?
Eruv é uma forma de transformar uma propriedade que não é “reshut harabim“, mas no entanto é utilizada por um público (“carmelit“), em uma grande propriedade privada.
Exemplo: A área comum de um prédio, não é uma propriedade privada – “reshut hayachid” – afinal pertence e circulam todos os condôminos. No entanto, esta área logicamente não se inclui nas definições de um “reshut harabim“. Por conseguinte, esta área é considerada “carmelit” – onde também não se pode transportar no Shabat nenhum objeto.
No entanto, por ser um “carmelit“, por intermédio do Eruv, pode-se transformar esta área comum do prédio em um “reshut hayachid” – propriedade privada. Desta forma, passa a ser permitido transportar nesta área comum do prédio.
Como é feito o Eruv?
O Eruv consiste em duas partes:
1) Manter a área cercada e delimitada.
2) Fazer uma sociedade entre todos os condôminos.
Área cercada
Uma condição básica para que um lugar possa ser considerado propriedade privada, é ser cercado. Toda a volta do lugar deve ser devidamente cercada e precisa delimitar as entradas a este local. Há muitas e muitas leis da forma que se deve cercar o local, o que é considerada uma cerca, qual a melhor forma etc. Para isso, deve-se sempre consultar uma autoridade rabínica competente.
No caso de cidades, há também diversas formas de cercá-la. Uma das formas mais simples e muito utilizada em cidades Israelenses e norte Americanas – é a “tsurat hapetach“.
“Tsurat Hapetach“, o que é?
“Tsurat hapetach” significa formas de porta. Ou seja, possui duas ombreiras e uma verga. Coloca-se em toda a volta da cidade formas de portas, uma ao lado da outra – cercando a cidade com portas. Pode-se fazer esta forma de porta com madeira, mas torna-se muito difícil fazer ao longo do perímetro de uma cidade que pode chegar a muitos kilometros. Por isso, geralmente utiliza-se dois postes, que tem no seu topo um prego, ou dois em formato de “V” ou um anel e um fio passa de um poste ao outro, passando pelo topo dos postes. Os postes são as ombreiras e o fio, a verga da porta. Centenas de postes com fios passando pelo topo deles, formam em torno da cidade uma cadeia de portas que cercam a cidade.
Outra forma de cercar é aproveitar as próprias construções da cidade. As cercas das casas e prédios que estão no limite da cidade, servem como cerca da própria cidade. Faltando assim apenas cercar as esquinas das ruas que estão continuam para fora da cidade. Nestas esquinas, pode-se fazer o sistema de “tsurat hapetach“, colocando um poste de cada lado da rua, encostados na cerca das casas, passando o fio pelo topo destes postes. Desta forma a cidade está cercada pelas cercas das casas e nas esquinas em torno da cidade há “tsurat hapetach“.
Sociedade entre os condôminos
A segunda condição para transformar aquela área em propriedade privada, é fazer uma sociedade entre todos os condôminos. Esta sociedade é feita com alimentos. Compra-se um pão grande (há medidas exatas na lei) que passa a pertencer a todos os condôminos. Este é deixado em um dos apartamentos, de forma que se os condôminos quiserem sentar juntos e comer uma refeição conjunta, possuem um alimento em sociedade. É muito comum se usar para este fim uma caixa de matsot, pois sua validade é extensa e pode-se mantê-la ao longo de Pêssach.
E no Eruv de uma cidade?
Para o Eruv de uma cidade, costuma-se usar uma caixa de matsá – e esta fica geralmente na sinagoga, para que todos os moradores tenham acesso a ela.
Precisa fazer Eruv na cidade inteira?
Não. É permitido e possível fazer Eruv apenas em um bairro. Logicamente as pessoas precisam tomar cuidado para somente transportar nas áreas internas ao Eruv.
Se o fio partir?
Se o fio que passa pelos postes de “tsurat hapetach” partir, torna-se proibido transportar nas vias do Eruv. Por isso, às sextas-feiras, um encarregado faz uma volta por todo o Eruv para verificar se este está em ordem, consertando eventuais rompimentos.
Finalmente, temos o dever de agradecer a todos que apoiaram mais este trabalho comunitário, entre eles a liderança da comunidade judaica de Ipanema, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Rioluz, sócios e colaboradores do Kolel Rio.
Rabino Netanel Tzippel, Rosh – Kolel Rio
Isaac José Elehep, Presidente – Kolel Rio
Diretoria Kolel Rio